Quando foi a tomada de Faro aos Mouros, pelo rei D. Afonso III, uma filha d’um rei Mouro, que havia aí, que era quem dominava a cidade, tinha-se apaixonado por um cavaleiro cristão e facilitou a entrada dos cristãos na cidade.
E então, ela quando viu que as tropas cristãs tinham já tomado tudo e que tinham ficado vencidos, ela ia a sair pela porta com o cavaleiro cristão, ia-se embora.
E o pai quando viu que ela tinha-os atraiçoado amaldiçoou-a e condenou-a a ficar encantada toda a vida, ali nas muralhas, até haver um cavaleiro que a desencantasse.
Ela ainda hoje está lá. Se procurarem bem lá no caminho de roda, nos adaivos que há em roda da muralha, procurem bem que ela está lá ainda.
É preciso é saber as palavras que são precisas dizer para a desencantar. Só que não há nenhum homem que queira desencantá-la.
AA. VV., -, Arquivo do CEAO (Recolhas Inéditas), Faro, n/a,
Ano1998
Local Faro (Sé), FARO, FARO
Fonte: APL - A Moura de Faro
O Arquivo Português de Lendas (APL) é uma base de dados relativa a um projecto liderado pelo CEAO da Universidade do Algarve (PTDC/ELT/65673/2006). Pretende dar entrada a tudo aquilo a que, lato sensu, chamamos lendas, desde a narrativa oral de crenças (belief narratives) até às lendas “literárias”, desde recolhas inéditas até todas as formas de fontes escritas.
O Arquivo Português de Lendas (APL) é uma base de dados relativa a um projecto liderado pelo CEAO da Universidade do Algarve (PTDC/ELT/65673/2006). Pretende dar entrada a tudo aquilo a que, lato sensu, chamamos lendas, desde a narrativa oral de crenças (belief narratives) até às lendas “literárias”, desde recolhas inéditas até todas as formas de fontes escritas.
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